Sem dúvida, uma das coisas que mais me atrai na pintura ao ar livre é a integração total com o tema. Estive no Cais Pharoux com a intenção de lançar na tela uma composição planejada há algum tempo.Como seria um grande formato considerei executá-la em mais de uma sessão no local. Logo no primeiro dia tive a sorte de conhecer Monalisa(!), a simpática funcionária do estacionamento que, demonstrando bastante interesse na pintura, me relatou a beleza do amanhecer naquele lugar. Confidenciei-lhe minha cautela em estar na rua tão cedo quando grande parte da cidade ainda está adormecida. Fiquei sabendo então que o movimento naquele horário já existe, pois começam a chegar as barcas de Niterói e ela já iniciou seu dia de trabalho.
Não pensei duas vezes, interrompi a tela que estava fazendo e no dia seguinte fui testemunhar o belíssimo espetáculo de cores no cais!
Sabendo que tudo acontece muito rápido, me preparei para fazer notação de cores em pequenos formatos:
Amanhecendo no Cais Pharoux -primeiras luzes-notação de cores -Sandra Nunes ost 12x22cm
Tudo muito rápido, alguns minutos mais tarde a luz é outra, o sol subindo, nuvens descendo e o dia amanhece... nublado?
Nuvens sobre o Cais Pharoux -notação de cores-Sandra Nunes- osm 16x22 cm
Fechada a caixa de pintura, alguns passos adiante... Sol pleno, flamboyants em flor tendo como fundo o Albamar. Tive que recomeçar...
Albamar, harmonia em verde e vermelho- notaçaão de cores- Sandra Nunes- ose 16x22cm
Dia mais longo e produtivo.
Obrigada, Monalisa!
A chuva intermitente intensificava o ritmo e apressava trânsito dos passageiros que a barca Niterói-Rio trazia a cada 20 minutos.
Fotos feitas por Meahne Albuquerque, a simpática jornalista e fotógrafa que tive o prazer de conhecer neste dia.
